terça-feira, 28 de julho de 2009

minha primeira cachaça

Deus me livre de ficar pensando em gripe suína, resfriados e outras preocupações inerentes à baixas temperaturas.
A lembrança tem razões que a própria razão desconhece. Com o friozinho que tem feito, me pego em flagrantes recordações. Aliás, agradáveis recordações, eu diria.
Quando tenho oportunidade de ficar em casa, naquela deliciosa folga, trato logo de buscar a paz, através de atividades que este clima convida. Enfio meus pezinhos em minhas pantufas macias e quentinhas (da Minie, que minha irmã me trouxe da Disney), me acomodo numa poltrona bem confortável, na companhia de meu bom e velho amigo (o livro). Outras vezes, sob o edredon, assistindo filmes, com um “balde” de pipocas ao lado, é claro. Em outras, sofistico mais e apelo para os fondues maravilhosos, degustados com aquele vinho especial. Aí, não tem jeito. Logo me vem à lembrança algumas viagens aventureiras, pelos cafundós do Brasil.
Já era meio da tarde e o frio estava de congelar os ossos quando chegamos em Crisólia, subdistrito de Ouro Fino, em MG, onde iríamos passar alguns dias de férias, numa chácara ao pé da Serra da Mantiqueira. Passamos pelo mercadinho para levarmos algumas provisões e perguntamos se havia algum restaurante na cidade, onde pudéssemos comer alguma coisa. O comerciante nos indicou o local e lá fomos nós. Chegamos e já ficamos desconfiados, quase a ponto de darmos meia volta e nunca mais voltarmos lá. O local era de péssima aparência, à beira do riozinho. Tinha uma casa velha, de madeira, parecendo abandonada de tão feia, com um puxado de telhas à frente onde abrigava uma mesa longa, feita de tronco, rodeada de bancos rústicos, feitos igualmente de troncos de árvores. Num barquinho velho, ancorado à margem do rio, avistamos aquele homem, de aparência envelhecida, que teimava em consertar velha rede de pesca. Ao ouvir o ronco do motor de nosso carro, olhou-nos com largo sorriso falhado. Gritou o nome da mulher que nos recebeu com um ritmado boa tarde, à moda mineira. Por mim, eu teria voltado dali mesmo, mas, meu amado pai, conhecedor destes cantinhos curiosos, conseguiu nos convencer a ficar. Perguntamos pela comida e logo a senhora se pôs a arranjar a mesa, trazendo pratos e talheres que colocou sobre uma toalha hiper limpinha. O frio era intenso e meu pai foi logo perguntando se tinha uma boa cachaça para descongelar os ossos e aquecer a alma. Para nós, mulheres, o que nos salvaria seria uma boa terrina de sopa bem quente. O casal nos sorriu e pediu-nos para nos acomodar à mesa.
De um tonelzinho velho, colocou num copo simples um líquido dourado, perfumado e doce e entregou ao meu pai. Sentíamos o perfume de longe. Meu pai provou e arregalou os olhos com alegria. Curiosos, pedimos para provar também. Depois de tanto insistirmos e pelo frio intenso que fazia, meu pai passou o copo, primeiro para meu irmão, depois para nós, minha irmã mais velha, eu e nossos respectivos namorados. Para mim, que nunca havia provado cachaça, ardeu a garganta, mas, aqueceu o corpo. Logo veio a comida surpreendente. Um caldeirão enorme, daqueles de ferro, com sopa de legumes e frango, juntamente com o prato principal que era uma enorme travessa de iscas de peixe com molho de tomate apimentado, uma combinação que me pareceu transcendental.
Depois de comermos tão fartamente, fomos para a chácara, felizes e impressionados. Voltamos àquele lugar mais algumas vezes, antes de voltarmos para casa.
Hoje, com este frio e olhando minha caneca de sopa (coisas de fast food moderno), senti muita saudade daquele quitute delicioso e daquela minha primeira aventura com nossa Cinderela tropical, a cachaça.

domingo, 19 de julho de 2009

SOS natureza

Dia destes, chovia a cântaros e eu passava de carro pela avenida Luiz Inácio de Anhaia Melo, famosa rua em Sampa. Não bastasse o trânsito insuportável, o alagamento de certos trechos me fazia buscar outras opções de caminho para que eu pudesse alcançar a rodovia Anchieta e ir para casa.
Enquanto parada por conta do congestionamento, pensava no descaso da população com relação ao excesso de lixo que flutuava pelas poças d’água e complicava, ainda mais, a vida dos transeuntes que lutavam por escapar de tais armadilhas.
Como seria bom se todos adotassem certas medidas comportamentais para começar a mudar o aspecto do planeta e nem precisamos de excentricidades para isto. Bastam atitudes simples como fechar a torneira ao escovar os dentes, banhos mais rápidos, retirar os resíduos de alimentos antes de lavar os pratos, usar os produtos até o final de sua vida útil e comprar novos somente quando necessário, apagar a luz ao sair de um ambiente, usar integralmente os alimentos, evitando o desperdício, desligar aparelhos eletrônicos quando não estão sendo usados, varrer o lixo com a vassoura e não com a mangueira d’água, usar água de chuva para lavar automóveis e os quintais, separar o lixo para a coleta seletiva, utilizar produtos de limpeza biodegradáveis, reciclar e por aí vai.
Isto me fez pensar, também, no exagero de certas ações que, nem sempre, trazem os efeitos salutares necessários como, por exemplo, ficar abraçado à velha árvore para que ela não seja derrubada ou atear fogo ao próprio corpo como forma de protesto, considero exageros. Tem plantas que podem se retiradas de certos locais e replantadas em outros. Isto é normal. Botar fogo no próprio corpo é suicídio e não protesto. Isto choca e não resolve nada. O buraco é mais embaixo e há que sermos mais realistas.
Cuidar da ecologia não é mais assunto para as próximas gerações, pois já estamos pagando o preço por conta da degradação. Buraco da camada de ozônio, aquecimento global, derretimento das calotas polares, tufões, furacões, tsunamis, epidemias, são respostas da própria natureza quanto às agressões que ela vem sofrendo. Nosso planeta está doente, em estado grave na UTI. E não basta só bradar conceitos e abraçar causas esdrúxulas, se transformando num ecochato de primeira.
Água potável será o motivo de guerras futuras. Caiamos na real.
Sou uma pessoa normal que usa combustível no carro, sapatos de couro e roupas de materiais sintéticos ou não e que não abre mão do conforto da eletricidade, mas, entendo que o importante é ter iniciativa e atitudes efetivas, nos conscientizando da necessidade de adotarmos hábitos simples como consertar uma torneira pingando, contribuindo para que não se esgote nosso recurso natural e não soframos o efeito bumerangue, ou seja, mandamos sujeira para a natureza e ela nos devolve tragédias.
Há quem diga que bicho também é gente. Pois digo que gente também é bicho e merece todo o respeito, com tudo de bom que a natureza pode nos oferecer. Basta cuidarmos dela, pois ela está precisando de fôlego para se recuperar.
Muita paz!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ainda...




Olá, amigos!
Ainda estou super atarefada, ajeitando tudo por aqui.
Mais um pouquinho e fica tudo certo. Logo eu volto.
Não esqueçam de mim, ok?!
Saudade!
Muita paz! Beijosssssssssssssss